quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

BOAS FESTAS - MEMÓRIAS


Quando, em Outubro de 2010, comecei a construir este blogue, era minha intenção escrever, divulgar e dar a conhecer a minha terra de nascimento, segundo as minhas memórias.
TÓ, que inspirou o nome deste blogue, é uma freguesia do concelho de Mogadouro, cheia de tradições. Pensei que seria capaz de transmitir, pelo menos, algumas das recordações de criança, já que de lá saí muito cedo.
Cresci fora, fixei-me noutra região, onde trabalhei e acabei por ficar.
Não fui capaz de cumprir o que tinha pensado, pois fui verificando que já pouco ou nada sabia ou me lembrava.
Devo um muito obrigado a todos os amigos e conhecidos de Coimbra, Miranda do Corvo e Figueira da Foz que me acolheram e aceitaram como se um deles fosse.
A todos os que por aqui passarem, como agradecimento e estima, deixo os meus sinceros VOTOS DE UM FELIZ NATAL, junto de todos os que vos são queridos.

NÃO SE ESQUEÇAM DE SEREM FELIZES

quarta-feira, 20 de novembro de 2013


DESASSOSSEGO

Como todos sabem que por alturas do verão é frequente fazerem-se rastreiros nas praias que visam prevenir o aparecimento de cancro da pele.
No passado verão isso aconteceu aqui. Tinha aparecido uma mancha no rosto da São e o seu aspecto não parecia, aos leigos, nada bom. Aproveitou-se a oportunidade e lá vamos nós… Efeituado o rastreio a médica responsável encaminhou-a para consulta no Centro de Saúde que por sua vez a enviou para consulta da especialidade no Hospital desta cidade. Não era nada urgente…
A consulta foi marcada para o dia de hoje. À hora marcada lá estávamos nós.
Logo o médico se apressou a dizer que estivéssemos calmos que não era nada de grave sendo apenas consequência da normal exposição solar.
Problema resolvido.
Só que desde aquela data até hoje muita coisa passou pela cabecita, muitas noites sem dormir e sobretudo o pensar se seria capaz de enfrentar outra situação deste tipo; se seria capaz de voltar a entrar no hospital da especialidade…
Já tudo está passado.
Não desejo a ninguém a passagem por estas situações.
Peço-vos que me desculpem este desabafo, mas… não teria outra forma de o fazer.
Agora está tudo bem e hoje já vou dormir descansado.
Beijos e abraços para todos


NÃO SE ESQUEÇAM DE SEREM FELIZES 

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

8º ANIVERSÁRIO



O MEU 8º ANIVERSÁRIO

É verdade. Passam hoje oito anos sobre o meu renascimento. Efectivamente quando cheguei lá acima, São Pedro não me deixou entrar… “Vai que ainda és preciso lá em baixo”. “Cuida da tua filha que vai precisar muito…”

Bem, agora a sério. Faz hoje oito anos que sofri um enfarte agudo do miocárdio. Não fosse a intervenção precisa e na hora, dos meus queridos médicos, primeiro no Centro de Saúde de Miranda do Corvo e depois nas Urgências dos HUC, já não andaria aqui a escrever parvoeiras…
Por isso faço hoje oito anitos.
Continuarei eternamente agradecido a todos. Sem eles não a poderia ter ajudado.

Abraços e beijos a todos e
FAÇAM FAVOR DE SEREM FELIZES



quinta-feira, 4 de julho de 2013

O MEU GRILO

AGRADECIMENTO

Nesta fase da minha vida, quero deixar aqui um público agradecimento.
Em primeiro lugar aos Senhores Médicos da Cardiologia dos HUC que em 2005 me salvaram a vida e em 2006, para que esta continuasse, me implantaram um aparelho que a tem mantido, com êxito, até agora. A alimentação desse aparelho é feita por uma bateria que durou quase sete anos.
Por que chegou ao fim do seu período de validade, foi substituída no passado dia 03, passado, pelo mesmo médico que me implantou o CDI.
Quero, sobretudo, agradecer ao meu primeiro cardiologista Dr. Lourenço que prescreveu, em Julho de 2006, aquele implante.
Encontrei-o, durante a espera, nos corredores daquele Hospital: “que é que anda aqui a fazer”, perguntou. Vão substituir a bateria…
“Já passaram uns anitos!!!”. Vai fazer sete anos… Sem o CDI já tinha ido para os anjinhos.
“Ai tinha, tinha”…
Mais palavras para quê.

Efectivamente o CDI-Cardio-desfibrilhador actuou, durante estes anos, diversas vezes. Sem ele não havia qualquer hipótese…
Por tudo isto, estou muito grato a todos os médicos que me têm acompanhado e me permitiram que acompanhasse a minha filha durante a sua longa luta pela vida.
Quero ainda agradecer a todos os meus amigos que me têm apoiado e acompanhado nestas minhas lutas.

Agora a substituição foi efectuada. O local está um bocado dorido, mas isso vai passar e vou ficar fixe para andar por aí durante mais algum tempo. Pelo menos mais sete…


NÃO SE ESQUEÇAM DE SEREM FELIZES. APROVEITEM A VIDA

segunda-feira, 27 de maio de 2013

MEMÓRIAS

 CÁ POR CASA... lado a lado

Barco em Fusing, (meu)


Cá por casa guardam-se estas coisas.

Ficam aqui para recordar...


NÃO SE ESQUEÇAM DE SEREM FELIZES
Barco em Ponto Cruz , da Susana





quinta-feira, 23 de maio de 2013

UMA PRENDA

PRENDA PARA OS MEUS AMIGOS

Estes quadros são ensaios de pintura da Susana. Há algum tempo que estão a aguardar...
Ficam agora aqui para todos.
As fotografias... são mesmo de um "perito"...




NÃO SE ESQUEÇAM DE SEREM FELIZES

segunda-feira, 15 de abril de 2013

TRADIÇÕES


TRADIÇÕES - DORNES – CIRIOS
No passado fim-de-semana decorreu a peregrinação anual à Senhora do Pranto – Dornes – Ferreira do Zêzere.
Trata-se de uma peregrinação centenária de várias aldeias das redondezas, tal como se descreve no “sítio da Freguesia de Dornes”:

“CÍRIOS
Realizam-se anualmente na freguesia cerca de 40 Círios (cortejos religiosos em honra de Nossa Senhora do Pranto) provenientes de diversas Freguesias, Concelhos, Bispados e até Distritos. Estes Círios têm início na segunda-feira de Pascoela e prolongam-se até ao mês de Setembro, sendo o ponto mais alto das peregrinações no dia 15 de Agosto, dia de grande festa em Dornes.

A minha freguesia de residência, Lamas-Miranda do Corvo, habitualmente desloca-se, quase em peso, àquela localidade no segundo fim-de-semana, a seguir à Páscoa.
A peregrinação tem início pelas 06H00, de sexta-feira, com o grupo que se desloca a pé, levando consigo a Bandeira da Freguesia, que há já alguns anos substituiu o Círio Pascal:




Segundo relato, que me foi feito no  local, existe ali uma pedra com um buraco onde seria colocado o círio, com a inscrição “Lamas”, pena que não tenha data, e que terá sido encontrada em escavações efectuadas naquele local.


Este grupo de pessoas irá chegar ao fim da tarde aquela localidade, de Dornes. São cerca de 45 km. Também já fiz este percurso.
No sábado é celebrada missa naquele Santuário, dedicado a Nossa Senhora do Pranto:


 A Bandeira da Freguesia irá ficar no Santuário até Domingo, saindo o referido grupo, muito cedo de manhã de regresso a Lamas onde irá chegar cerca das 18H00, organizando-se uma procissão do início do lugar, até à igreja matriz onde será celebrada missa.
Entretanto no Sábado deslocam-se outros habitantes quer de automóvel quer de bicicleta, fazendo com que todos os habitantes participem o evento.
 *****
Dornes é uma pequena freguesia do concelho de Ferreira do Zêzere e situa-se na albufeira da barragem de Castelo de Bode que este ano está bem cheiinha:


Vista de Dornes com o seu Santuário
Torre Sineira


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

CATAVENTO




Há já vários dias alterei a foto do meu perfil, no face, como viram. Mas parece que tenho uns amigos da onça… foram poucos o que nele repararam.
Não é um catavento qualquer. Poço dizer-vos que é peça e obra única. É uma peça de autor, com assinatura.
Pois… essa é mais uma faceta. Tudo o que era preciso ou sonhava fazia...
A certa altura, aqui há uns anos, passei numa loja em que se vendiam cataventos.  Para além de caros eram muito mal acabados.
Perfeccionista até ao último pormenor, aqui vai disto. Comprado o material necessário, nas minhas poucas horas vagas, na altura, lá estava eu o martelar.
Feitas todas as peças que entendi serem precisas havia que juntar o puzzle, soldando-as. O problema era: e agora, vou a um serralheiro soldar isto tudo… ele vai mandar para a outra banda…
Não há problema. Fui a uma loja da especialidade e zás, compra-se um aparelho de soldar. Só que eu não sabia soldar… mas consegui.
Acabou por ficar mais caro, mas fiquei com as ferramentas...
Hoje já não o poderia fazer, pois não posso usar tais aparelhos por causa do meu coraçãozito metálico.
Mas voltando ao catavento. Não é uma peça qualquer. Ele indica com precisão os pontos cardeais e o seu eixo trabalha com rolamentos. Só tem que se lubrificar de vez em quando.
Agora está lá na quintinha a indicar o norte ao caseiro…
Vejam lá se não sou um artista multifacetado! Digam que sim…para alimentar o meu ego…

NÃO SE ESQUEÇAM: SEJAM FELIZES

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

RECORDAÇÕES/AS MINHAS AVENTURAS




AS MINHAS AVENTURAS

Direis vós: do que é que este se lembrou agora? Fotografias de tractores! Oficina/garagem!

Acontece que embora me deite relativamente tarde, acordo muito cedo. Vai daí, começo a “fazer filmes”. Vêm-me à memória factos e episódios antigos, e ainda bem, pois os mais recentes…não quero pensar neles.
O que vos vou relatar, ocorreu há cerca de 56 anos. É verdade, já estou a ficar velhito.
Era um miúdo curioso que gostava de mexer e experimentar tudo.
Então aqui vai:
- Os meus pais como, aliás, toda a gente lá na terra cultivava batatas, para além de outras coisas. No verão, é claro, era preciso regar. Quem se encarregava dessa tarefa era a minha mãe.
Havia, então, um terreno num sítio denominado de “Naba” onde havia um batatal que precisava de rega. Havia lá um poço, mas tirar a água com a “cegonha” já não era tarefa fácil para a minha mãezinha. O motor de rega estava numa outra horta na Laganhosa, um bocado distante.
Percebi o problema e prontamente disse: “mãe eu mudo o motor com o tractor, mas não digas nada aos meus irmãos” que, por acaso estavam ausentes naquele dia…
Eu teria aí os dez anitos…
É por isso que aqui publico a foto do tractor cinzento. Não me parece exactamente igual, mas foi o que encontrei na Net, já que fotografias da altura…não há.
Tratava-se de um tractor da marca Massey Ferguson, de 25 cavalos de potência. Era uma bomba…
Tinha um pormenor interessante: não tinha chave de ignição para o arranque. Depois de ligar punha-se a trabalhar com a alavanca de velocidades numa determinada posição. Sim, não estou a inventar. Nunca o tinha posto a trabalhar. Experimentei no sitio que pensava ser, mas nada.
Por sorte, no local onde estava, onde na foto está o azul, era/é uma descida. Não há problema: engata, destrava e aí vai ele… “pegou de empurrão”.
Eu já sabia guiar, e aí vou eu. A minha mãe foi a pé, claro…
Fiz a mudança. Pedi à mãezita que nada dissesse. Só que me esqueci do rasto.
O meu irmão Francisco, teve que ir para aqueles lados, logo a seguir, e deve ter visto os rastos e perguntou quem tinha mudado o motor.
A minha mãe toda feliz: “foi o Joaquim com o tractor e já reguei”.
Mais comentários para quê. Só que dali em diante: “já sabes mexer…faz”.

****
Se quiserem vejam um outro episódio ocorrido com este tractor no arquivo deste Blog, publicado em 22/11/2010, com o titulo DE MARCHA ATRÁS.

SEJAM FELIZES

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013


RECORDAÇÕES 3 (complemento)

Como referi no post anterior não tenho fotos da Laganhosa (Tó-Mogadouro), mas o meu caro amigo Antero Neto enviou-me as que seguem:

 A tal "Charca"

Bebedouro (muito bem restaurado...)

Fonte que nunca seca



Forno (para recuperar???...)

Gostaria de vos deixar outras fotografias que pudessem mostrar o era a Laganhosa, antes da intervenção desastrosa ali levada a efeito, mas como já disse não tenho.
Por isso fui ao goolge maps e tentei identificar  o local, com algumas notas. Se quiserem vêr, basta clicar no link que segue:
 <https://maps.google.com/maps/ms?msa=0&msid=206660811266473830638.0004d585c184bab78d80c&hl=pt-PT&ie=UTF8&t=h&vpsrc=6&ll=41.326718,-6.578434&spn=0.001178,0.002411&z=19>

Quando tiver mais, voltarei...

Não se esqueçam de serem FELIZES

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

FORNOS/TELHA DE CANUDO



FORNOS/TELHA DE CANUDO- Recordações

Nestas andanças pela blogosfera, há dias, vi uma referência aos fornos de telha que havia na Laganhosa, da freguesia de Tó-Mogadouro, a minha terra…
Esse facto trouxe-me à memória o fabrico de telha de canudo que ali era praticado:
Eu era uma criancinha de poucos anos, mas lembro-me quase em pormenor dessa actividade.
Os meus pais, para além dos moinhos na ribeira, que depois foram substituídos por uma moagem, agora em ruinas, na sede a freguesia, detinham inicialmente um forno de cozer telha, precisamente na Laganhosa.
Havia um outro que penso ser dos meus avós maternos, mas que nunca vi funcionar e um outro que era dos Aragões.
O meu pai construiu ou mandou construir um outro, num terreno que ali possuía e que mais tarde foi destruído, quando findou esta actividade.

O fabrico de telha era como é óbvio, efectuado no verão:
O barro para o efeito era colhido, se bem me recordo, nuns barreiros existentes junto do cruzamento de Tó e em outros locais. Era levado para a Laganhosa, onde, em terreno público havia uns barreiros, uma espécie de piscinas, cavados na terra. O barro era ali depositado e depois de amolecido durante alguns dias era pisado com juntas de vacas, até ficar uma pasta consistente e moldável.
Era então que entravam em acção os “artistas”: Lembro-me, sobretudo, do meu irmão Domingos. Num atelier improvisado (buraco no chão) havia uma prancha inclinada aí a 45º. Sobre ela era colocada uma forma em ferro com a parte exterior da grossura a que a telha havia de ficar; pulverizava-se essa prancha com cinza, para o barro não agarrar; colocado ali o barro era estendido por toda a forma com uma espécie de rolo. De seguida arrastava-se, sem levantar, para cima do “galapo” (artefacto de madeira com um cabo e arredondado na forma da telha) que era transportado, normalmente por raparigas, para uma espécie de eira, onde outro “artista” depositava a telha e retirava o galapo e onde a telha ficava a secar.
Chamava-se à tarefa das raparigas: “andar ao galapo”.

Depois de alguns dias a secar a telha era levada para os fornos, onde era depositada, ao alto e em camadas.
Cheio o forno, era, então, ateado fogo queimando-se enormes quantidades de lenha, previamente transportada para o local.
Depois de cozida e arrefecida era desenfornada para se voltar a repetir a mesma tarefa.
Não havia tempo a perder, pois este trabalho só podia ser feito no Verão.

Esta actividade acabou com o surgimento da “telha marselha”, mais ou menos plana que ainda se vê em alguns telhados.

Já há muitos anos que não vou à Laganhosa, local que era uma beleza se tivesse sido aproveitado e preservado para memória futura… Ao invés disso, a última vez que ali passei, vi que destruíram o vale e fizeram uma “charca” (?) ou lá o que isso é.
Dos fornos nada sei, pois embora fossem propriedade privada, nada me custa a crer que também tenham sido destruídos… O mesmo que fizeram ao canal que alimentava um chafariz que servia de bebedouro para o gado passando-lhe com uma máquina por cima. Lamentável…
Tenho pena, mas não tenho fotografias do local e de certeza que já lá não vou recolhê-las…

Sejam FELIZES


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

NOTÍCIAS DO GRILO METÁLICO



Para todos os meus amigos e quantos visitam este sítio aqui vai:
Hoje, tal como programado, fui a consulta de Pace, para ver como está a funcionar e também por que desde os finais do Verão me ando a sentir muito cansado.
Segundo os técnicos o cansaço nada tem a ver com o funcionamento do aparelho: “este é apenas um vigilante que, se for necessário, actua”. Ou seja, se o grilo começar a fibrilar ele “dá-lhe um coice”, pára-o e o coraçãozito voltará a trabalhar normalmente.
Portanto, nesse aspecto está tudo bem.

Lá para o Verão, se tudo correr bem, entretanto, terei nova consulta, da especialidade, precedida de vários exames, e então se verá.

Agora o mais interessante:
     Lembram-se daquele “cruzeiro” que fizemos às Berlengas, em Julho do ano passado?  Lembram-se também de ter dito que a viagem para lá não correu bem … (cfr. em arquivo do blogue)
Explicação:
    Tudo ficou registado e estive quase a levar o tal “coice”:
Ocorreram episódios às: “12,10;  12,14;  12,16;  12,17 e  12,19”.
Foi a parte final da viagem de ida, quando as coisas estavam bem foscas. Se fosse mais comprida…

Por isso, parece que não posso fazer mais cruzeiros. E logo agora que um tal de gaspar e quejandos me “pouparam” na aposentação, aparece isto !!! ...
É que para além do mais ainda tenho que forçosamente ser solidário… e eu a pensar que "solidariedade" era um assunto pessoal. Bem, parece que não… É mais um imposto...

Beijinhos e abraços e SEJAM FELIZES