terça-feira, 31 de maio de 2011

DAQUI... DA PRAIA

Pois é verdade. Actualmente passamos a maior parte do tempo na Praia da Claridade. É que, segundo a "mãe guerreira", na residência oficial não paro quieto. Estou sempre a "fazer" qualquer coisa e ela preocupa-se. Tem medo que aconteça mais alguma coisa... O grilo está fraquinho... Não quero que ela sofra mais, por isso vimos para aqui, com todo o gosto, diga-se.
Presentemente já consigo andar uma hora seguida... Aqui fazemos caminhadas de manhã e à tarde. O resultado é visível. Antes não andava dez minutos.
À falta de inspiração, deixo-vos aqui algumas imagens, desta terra que já é minha: 

Vista do Cabo Mondego, a partir do "novo" molhe
 
Foz do Mondego

João de Barros, à entrada de Buarcos

Abraços e beijos e não se esqueçam... SEJAM FELIZES

quarta-feira, 25 de maio de 2011

EXIGÊNCIAS...

MÃE EU QUERO…

Há alguns dias ia a passar por uma senhora e um miúdo que deveria ter uns oito ou nove anos, quando ouvi: “mãe quero um telemóvel”. Isto, aliás, ouve-se, no dia-a-dia, com muita frequência. Crianças de pouca idade a exigirem dos pais tudo e mais alguma coisa…
Pois este facto trouxe-me à memória um episódio ocorrido na minha infância, já lá vão talvez uns sessenta anos… (já sou muito velho!!!...)
Pois bem: no concelho de Miranda do Douro, numa aldeia de nome Póvoa, realiza-se anualmente, a 08 de Setembro, uma Romaria a Nossa Senhora do Nazo. A minha mãe era devota fervorosa da Senhora do Nazo e era muito raro faltar.
Numa das vezes cá o puto resolveu pedir-lhe: “ó mãe traz-me uma corneta, faz favor.”
“Está bem”.
A deslocação era feita numa camioneta de carga, com uns bancos, de madeira nos taipais que um dos habitantes da aldeia tinha e fazia o favor de transportar as pessoas que quisessem.
Já tarde, no dia da Romaria, meio a dormir, pois eu adormecia muito cedo e muitas vezes nem sequer jantava…, perguntei à senhora minha mãe pela corneta. “Ah, deve ter caído na camioneta”. E ficamos por ali. No dia seguinte, bem cedo, aí vou eu, à Praça da aldeia, onde aquela estava estacionada, à procura da corneta... Claro que não havia corneta alguma. Naquele ano as coisas ficaram por ali, pois não havia exigências nem birras…
No ano seguinte, algum tempo antes da romaria, cá o rapazinho, diz à mãe: “mãe, este ano queria ir à Senhora do Nazo, porque tenho uma promessa para cumprir.” “Está bem. Então vamos…”
E assim foi. Chegados ao recinto: “então não vais cumprir a promessa?” “Já está cumprida”. “Então qual era a promessa?” “era vir cá; já cá estou; já está cumprida”.
Claro que a minha mãe tinha percebido tudo, mas… fez de conta.
Não foi precisa nenhuma corneta…

Façam favor de ser felizes

domingo, 22 de maio de 2011

FLORES DO QUINTAL


Amarilis
 
Stº António e um friso de begónias




Rosas


















Estas são algumas da flôres do "quintal". À falta de outros assuntos, para já, ficam aqui para quantos/as visitarem este sitio.

Passem bem. Beijos e abraços

segunda-feira, 9 de maio de 2011

PRENDAS PARA NÓS



Há poucos minutos atraz recebi estas flores da nossa amiga Sideny para mim e para a mãe guerreira. Um MUITO OBRIGADO a quem não nos esquece.
Compartilho-as convosco, pois sei que a nossa amiga não se importa.

Sejam muito felizes.

domingo, 8 de maio de 2011

DORNES - CINCO ANOS DEPOIS


DORNES - "O TESOURO DOS TEMPLÁRIOS"








Antes de mais impõe-se uma pequena explicação.
Dornes é, actualmente, uma freguesia do concelho de Ferreira do Zêzere, situada numa linda peninsula, na albufeira da barragem de Castelo de Bode, no Rio Zêzere.
Destaca-se, sobretudo a sua Torre, pentagonal, construida por D.Gualdim Pais no século XII, passando mais tarde para o dominio da Ordem dos Templários.

Ao lado desta Torre foi construída a Igreja de Nossa Senhora do Pranto. Reza a lenda  que a Rainha Santa teria fundado esta igreja em 1285, por ali ter aparecido uma imagem da Nossa Senhora com Nosso Senhor morto ao colo. Tal imagem, de que se perdeu o rasto, foi substituída pela actual que se encontra no altar-mor.

Desde há seculos que Dornes é um centro de peregrinação religiosa.

Assim, à Senhora do Pranto deslocam-se os:
 "CÍRIOS"
"Realizam-se anualmente na freguesia cerca de 40 Círios (cortejos religiosos em honra de Nossa Senhora do Pranto) provenientes de diversas Freguesias, Concelhos, Bispados e até Distritos. Estes Círios têm início na segunda-feira de Pascoela e prolongam-se até ao mês de Setembro, sendo o ponto mais alto das peregrinações no dia 15 de Agosto, dia de grande festa em Dornes."


De entre os referidos cirios consta o da Freguesia de Lamas - Miranda do Corvo, actualmente guardado em "armário proprio" no qual consta a data de 1839.
Pelo que julgo saber nunca essa peregrinação foi interrompida, tendo sido substituido o cirio que inicialnente era o resto do cirio pascal, pela bandeira da Freguesia. Antes da revolução, das amplas liberdades, a bandeira era transportada, defraldada pelo grupo de peregrinos que seguia a pé. Depois daquela, no limite da Freguesia é dobrada e transportada em caixa própria, pois houve apedrejamentos e maus tratos...
A peregrinação de Lamas é realizada no 2º domingo, depois da Páscoa. Há um grupo de peregrinos que sai, a pé, da igreja, pelas 06H00 da sexta-feira anterior. A chegada a Dornes ocorre ao fim da tarde, sendo a bandeira exposta na Igreja da Senhora do Pranto. No sábado deslocam-se para Dornes outros peregrinos, de automóvel e bicicleta. Ao meio-dia é celebrada missa e à tarde o terço. Antes do anoitecer a bandeira é entregue aos peregrinos que a transportaram, para no dia seguinte, Domingo, pelas 06H00, iniciarem o regresso a Lamas, onde farão entrada pelas 18H00. À entrada do lugar é organizada procissão, com a participação da maioria dos habitantes, até à igreja matriz onde é efectuada uma celebração.

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Impõe-se aqui uma outra explicação/informação:
Cá o rapaz mais a minha mulher, já fizemos o percurso de 45 kilometros, a pé, para além de outras vezes de automóvel como foi o caso deste ano.
E sabem quando isso aconteceu? precisamente depois de ter sofrido enfarte e antes da implantação do CDI. Só por falta de informação e ignorância. Depois daquele iniciamos as caminhadas tanto aqui na aldeia como integrados num grupo de caminheiros da Fundação ADFP, de Miranda do Corvo. Andavamos pelos mais diversos sitios. É que ninguém me disse qual tinha sido a gravidade do enfarte... A primeira consulta ocorreu em junho do ano seguinte, já depois de ter ir, a pé, a Dornes. Devo dizer que dado o treino que tinhamos tudo correu lindamente, mas podia não ter corrido. Nessa consulta o médico a quem contei o que fazia diz: "você está sujeito a cair para o lado, sem nenhuma hipotese de ser socorrido. Vamos pôr-lhe um CDI".
Deve ter sido a Srª do Pranto que me ajudou. 
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Uma última curiosidade: Foi em Dornes que Alfredo Keil compôs "A Portuguesa", tocada pela primeira vez pela Filarmónica Frazoeirense, então sedeada em Carril.
(Fonte: "DORNES - O TESOURO DOS TEMPLÁRIOS" - edição da Junta de Freguesia de Dornes (http://www.jf-dornes.pt/)

Abraços e beijos e, sejam felizes