quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

AMIGOS...


Um meu amigo do peito enviou-me um E-mail com o conteúdo que a seguir publico na íntegra, com a devida vénia. Já tinha pensado/sabia que há amigos e amigos, mas nunca me tinha passado pela mona classificá-los assim.
Tal como este MEU AMIGO vou procurar esquecer os esquecidos
Para meditarem, deixo-vos o referido texto com um GRANDE ABRAÇÃO para todos os MEUS AMIGOS.

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“ Meu bom amigo, vou compensar-te, por seres um grande aliado de peito!

LÊ ISTO, POR FAVOR:/

Sem “gabarolices” e usando a sinceridade, que é uma das facetas do meu carácter, venho através deste E-mail, informar-te do seguinte:
-Tenho, felizmente, cerca de duas centenas de Amigos, que, esporadicamente, estão em contacto comigo, via Internet. Destas pessoas, seleccionei 30 verdadeiros AMIGOS e dessas três dezenas de afeiçoados, resolvi agrupá-los, em três grupos de 10 elementos, atribuindo a cada um desses conjuntos de Pessoas, o número equivalente de estrelas, consoante o grau de afeição e dedicação.
ASSIM, retribui…/
5-ESTRÊLAS para os Amigos de peito, fiéis, assíduos na troca de mensagens e que são  ÓPTIMOS;
4-ESTRÊLAS para aqueles Amigos de Peito e que são   Mt.BONS;
3-ESTRÊLAS para aqueles Amigos distraídos mas que são   BONS;
-Para os restantes 2-ESTRÊLAS, que são aqueles adeptos do receber, receber, sem dar “cavaco”, sem AGRADECER essas mensagens que lhes remeto, com a dedicação e o empenho de me preocupar, acima de tudo, com o seu estado de saúde e com a dos seus Familiares.
-Aos que sobram, vou ver se os consigo esquecer, o que vai ser, sem sombras de dúvidas, tarefa difícil.

-Assim sendo, e como já referi “VOU COMPENSAR-TE”, aqui estou, sensibilizado AGRADECER-TE profundamente, e comunicar-te (como algo de dádiva), o envio de textos curiosíssimos, altamente interessantes, extraídos de livros excepcionais, científicos, caríssimos e esgotados, que irão, com toda a certeza, lançar-te uma nova luz sobre questões, assuntos enigmáticos, que têm obcecado filósofos, cientistas e homens comuns desde sempre: o que é verdade e o que é disparate. VALE A PENA!!
Thomas Edison, afirmou que não sabemos um milionésimo de 1% de coisa alguma;
Mark Twain, pensava que seriam necessários oito milhões de anos para dominar apenas a matemática;
Woody Allen, afirmou que alguns bebem com abundância do rio da sabedoria, enquanto outros apenas gargarejam.
                                                         Teu Amigo de Sempre ”
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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

"ZÉ" - O ENJEITADO

HISTÓRIA DO “ZÉ”- O ENJEITADO

Passada que é a época natalícia, em que eu procuro passar ao lado, embora respeitando todos os outros e “alinhando” em alguns procedimentos, vou contar-vos a história de um rapazinho, o “Zé”.

Nota prévia: “qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.”

Nos anos quarenta, numa pequena aldeia deste País, nasceu o último dos filhos de uma família relativamente abastada e conceituada.
O “Zé”, acarinhado por todos os familiares, foi crescendo. Terminada a primária, todos estiveram de acordo que continuasse a estudar, o que era difícil, nessa altura.
No concelho não havia liceu ou outra escola. Havia que se deslocar para longe. A opção foi a sua “colocação” num Colégio religioso, num outro concelho bem distante.
O “Zé” era um dos melhores alunos, com médias de 18/19. Daquele Colégio foi transferido para um outro da mesma Instituição, mas ainda mais longe.
Em nenhuma das viagens foi acompanhado. Bilhete de comboio na mão e uma malita com algumas roupas…
O “Zé”, a determinada altura, desistiu de estudar naquele Colégio e regressou a casa dos pais. Estudou mais dois anos num outro colégio que entretanto tinha aberto na sede do concelho.
Sozinho, procurou emprego que encontrou também bem longe de casa. Cedo aprendeu a lutar sozinho, e lá vai ele trabalhar… já um homenzinho.
As idas a casa dos pais tornaram-se cada vez mais raras, mas também ninguém o procurava…
Acabou por se radicar na zona para onde foi trabalhar. Conseguiu subir, na carreira que abraçou, com muito e árduo trabalho. Nunca ninguém se preocupou com o que se estaria a passar: O “Zé” era empregado; os irmãos eram industriais, o que naquelas cabeças significava alguém de categoria superior…a deles.
Entretanto e antes disto, uma das razões por que o “Zé” não continuou a estudar, foi a de que os seus irmãos, com as suas desavenças, tinham levado o pai a uma espécie de falência e tinham “dado de frosques”, deixando o velho com a batata quente…
O “Zé” constituiu família e teve descendência. Só ia à terra para visitar os pais enquanto foram vivos.
Durante vários anos ninguém quis saber da sua existência. Progrediu e estava bem na vida. Quis o destino, ou sei lá quem, que o “Zé” sofresse de doença grave que quase o levou desta para melhor. Safou-se por pouco. Não conseguiu esconder esse facto durante muito tempo. Assim a “embaixada real” deslocou-se à sua residência para o visitar. Chegaram perto do almoço e depois deste foram embora, já que é realmente longe do lugar onde habitam. Estava cumprido o dever…”Ah, isso passa com umas aspirinas…”, diz um deles.
Desde então contam-se pelos dedos, das mãos, claro, as vezes em que telefonaram ao “Zé” e quando o fizeram ou era por engano ou porque precisavam de algum apoio para resolução de problemas deles.
A sua descendente apercebeu-se de tudo e não lhes perdoou tal procedimento. Quis o “destino” que também essa descendente do “Zé” adoecesse gravemente… Entretanto a “menina” do “Zé” que adorava o pai, proibiu-o terminantemente de comunicar o que se passava aos familiares, o que foi cumprido.
A “menina” acabou por falecer… e o “Zé”, tal como lhe competia, comunicou o facto, após as cerimónias, àqueles seus familiares. Alguns telefonaram, outros nem isso. Desde então, e já passou bastante tempo, o “Zé” recebeu dois telefonemas de um dos irmãos que se enganou a marcar o número, um de um outro que “precisava de autorização” para lavrar uma terra e agora nesta quadra natalícia, um, de uma outra familiar, que em resumo se limitou a dizer que “se sentiam postos de lado”.
Coitado do “Zé”… os “senhores” sentem-se enjeitados pelo empregado…
Quando o “Zé” precisou de apoio e carinho foram os seus, muitos, amigos que lho deram. Nunca contou com a “família”.
Diga-se, de passagem, que durante a última ida à terra, um dos sobrinhos passou pelo “Zé” três vezes, num pavilhão de uma feira, e não foi capaz de o cumprimentar. Um outro não trocou as cervejas que estava a emborcar para ir cumprimentar os tios que por ele esperavam.
Hoje o “Zé” está gravemente doente. Não pode arriscar uma simples constipação, mas nada disso interessa. As vítimas são eles, coitados…






sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

AQUELE MAR - de João de Barros

Poema de João de Barros - Serra da Boa Viagem

Figueira da Foz, vista do Cabedelo

Figueira da Foz, vista da descida da Serra




Decorrido este tempo sem nada dizer deixo-vos estas fotos recolhidas de dois pontos opostos da Praia da Claridade. Há dias subi à Serra, onde existe um miradouro de onde se pode, ou melhor, poderia observar, tal como João de Barros o terá feito, quase toda a cidade, as praias e o mar. É ali que se encontra o poema da primeira foto. Porém e infelizmente tal não se pode fazer por que o referido miradouro está, literalmente, tapado pelos eucaliptos que invadiram a serra...
Se poderem passem por lá e apreciem, por algum cantinho, a deslumbrante paisagem. Vale a pena
Um dia destes volto.