quinta-feira, 16 de junho de 2011

UMA VISITA... À SUSANA

Se dissesse que não o esperava estava a faltar à verdade. Sabia que a nossa filha tinha amigos e amigas verdadeiros, criados através da globosfera. Sabia igualmente que alguns desses amigos se preparavam para a visitar durante a sua longa doença. Não houve tempo nem oportunidade, sendo certo que a partir de certa altura, dado o seu estado físico, ela própria fez com que tal não acontecesse…
Um desses amigos já nos visitou, sei que com algum sacrifício, e estamos-lhe muito agradecidos.
Hoje, a meio da manhã,, quando nos encontrávamos numa situação que não podíamos abandonar, recebi um telefonema, da agora, minha Tia Branca, pois era assim que a Susana a tratava: “olá pai Bártolo, estou em Coimbra ao pé da Susana… vim trazer-lhe uma flor”.
Sabia do desejo da Tia em visitar a Susana na sua nova morada e a nós também. Assim hoje interrompeu a sua viagem de regresso a casa para o fazer. Infelizmente e, apenas por que não sabíamos, não foi possível, em cima da hora, encontrarmo-nos. Tal vai acontecer e julgo que em breve.

Não quereria voltar a este assunto: “AMIGOS”, pois a ele já me referi. Mas isto veio-me de novo à memória. Há AMIGOS e amigos. Há aqueles que estão sempre disponíveis, em qualquer situação, e aqueles que o são apenas nos bons momentos…

Como já referi, não conhecemos, pessoalmente, a Tia Branca. Mas tem sido uma das melhores amigas que, apesar dos seus problemas, está sempre preocupada connosco.

Isto deveria ser, talvez, do foro íntimo, mas desculpe-me Tia, decidi torná-lo publico como forma de lhe agradecer. MUITO OBRIGADOS.
Receba uma GRANDE BEIJINHO nosso.

3 comentários:

Branca disse...

Pai Bártolo e amigo com toda a certeza, bem como mãe São,

Não precisa agradecer porque a amizade não se agradece, ela existe dentro de nós ou não e como sabe, desde o promeiro momento sempre tive esta vontade, como tinha antes a vontade de conhecer a Susana e penso que nos últimos tempos também ela, dado que me escreveu como sabe a dizer que estava a pensar numa surpresa e pedia-me que lhe falasse de mim. Também na última noite de Natal me enviou uma fotografia por telemóvel que nunca pensei que tivesse a coragem de enviar e que muito me emocionou, pois num internamento pouco antes quando me preparava para aparecer e lhe fazer uma surpresa, pediu que esperasse por melhores dias, dias com mais sol.
Pensei muitas vezes ir ao Hospital e não entrar, até porque sabia que os dois estavam por lá, mas deixar a alguém uma lembrança para ela, algo também que lhe tinha trazido de um jantar de homenagem de alguém que ela muito admirava - o Salvador - mas ela confiou-me a sua direcção e achei por bem não a emocionar com outras passagens, no entanto creio que ela sentiu que a minha amizade era genuína e de entrega, não por pena, porque a Susana me atraiu pela personalidade forte que tinha e não pela doença. Já tive pessoas na família com o mesmo problema, na mesma fase perdi um cunhado e nunca falei nele e sempre por aqui o acompanhei com um sorriso e com muita força, mais que o próprio irmão.

A carta que recebi da Susana e que o senhor colocou no correio é um tesouro que guardo e onde senti que existia nela alguma vontade de me conhecer, mas o tempo e a doença não o permitiu.

Só ontem à noite cheguei a casa e vi este texto no Angelito, escrevi muito, mas esqueci-me que os comentários não entram. Naquele dia que telefonei tinha ido de propósito de Leiria a Coimbra e voltado à tarde. Efectivamente só ontem regressei de vez.

Concerteza que nos vamos encontrar um dia em que tenha oportunidade de combinar atempadamente convosco, ou lá ou pelo vosso sítio.

Até esse dia deixo por aqui a minha amizade e muitos beijinhos.
Sempre convosco.
Branca

JMBártolo disse...

Olá Tia Branca:

Eu sei que a amizade não se agradece, mas reconhece-se.
O encontro do dia do telefonema falhou, mas efectivamente nessa manhã era-nos impossivel ir a Coimbra.
Avaliei mal ou não percebi. Pensava que ía a caminho de casa e tinha interrompido a viagem para visitar a Susana e depois continuava. Se tenho percebido talvez nos podessemos ter encontrado ao almoço ou depois.
Mas não está nada perdido. Um dia destes combinamos isso e depois falamos acerca da Susana.
Beijinhos

Branca disse...

Obrigada por tudo meu amigo. Efectivamente destinei esse dia para a Susana, mas não tinha intenção de os incomodar, porque quando quiser tomar um cafezinho convosco posso muito bem ir à Figueira ou a qualquer outro lado, sem os fazer deslocarem-se. Já sabia que iria um dia destes a Coimbra, mas não qual, foi aquele, assim de repente, até porque também tencionava ir a Lisboa, o que ainda não aconteceu, talvez estes próximos feriados. Andei todo o dia a pé por Coimbra, foi uma forma de estar também comigo e recordar tempos da minha juventude, viagens com os pais. Desci de Santa Clara à portagem, subi toda a zona histórica, desde o Arco de Almedina até à Universidade e fiz toda a Avenida Fernão de Magalhães até ao Expresso que me levou de regresso.

Tenho tido muito pouco tempo e falta de vontade para escrever, mas prometo que um dia destes quando os dias amainarem continuarei esta conversa por outra via.

Um beijinho e outro para a esposa.
Branca