HOMENAGEM – Um pouquito da minha história…
Penso que já vos contei um pouco
da minha história, mas como sou um bocado esquecido e preguiçoso, não me
apeteceu ir ver… e sem pretensões estilísticas aqui vai:
Como devo já ter referido, saí
cedo de casa de meus pais para bastante longe. Desenvencilhei-me sozinho.
Os factos que vou relatar servem, sobretudo, de HOMENAGEM e GRATIDÃO à minha querida mulher.
Quis o destino que já depois de
estar a trabalhar em Aveiro, tivesse que ir cumprir serviço militar que, na
altura, era obrigatório. Passei pelas Caldas e Lisboa e fizeram de mim
enfermeiro, já que na guerra ultramarina, era carne para canhão.
Depois de passar pela
“especialidade” tinha que fazer um estágio de nove meses. Fui colocado no
Hospital Militar de Coimbra.
As baixas dos camaradas eram tantas que aquele
estágio foi encurtado para seis meses. Por isso o pessoal do curso a seguir ao
meu avançou, fazendo com que os melhores classificados ficassem cá.
Portanto não fui ao Ultramar…
Durante o período de estágio
decorriam, no Bairro de Celas, as “fogueiras” dos Santos Populares.
Recordo-me que fui para lá
várias vezes com um colega açoriano que nunca mais vi…
Cá o rapazito não era nenhum
dançarino exímio, mas “topou” uma miúda que lhe caiu no goto… Foi amor à
primeira vista e até hoje continuamos casadinhos.
Apesar dos infortúnios nada há
que nos separe. Antes pelo contrário. Parecemos dois siameses que pensamos as coisas ao mesmo
tempo…
A minha vida profissional,
diversa daquela especialidade, obrigou-me a muitas ausências, muitas vezes,
senão sempre, perigosas. Em casa ficava um rebento e uma mãe aflita, o "pilar" que tudo
tinha que resolver. Sempre soube cuidar e gerir tudo da melhor forma.
É por isso que ela agora está
cansada e várias são já as vezes perdeu a memória. Eu vigio-a e acompanho-a com o
carinho de que sou capaz e ela faz o mesmo comigo por causa do meu coraçãozito.
Em razão da minha vida
profissional corri o país de lés-a-lés. A minha mulher ficava em casa quantas
vezes já pronta para ir dar um passeio que acabava adiado. Agradecimentos... não houve. Ganhei um
desfibrilador e ... toda a gente se esqueceu.
Por isso tento agora
compensá-la. Já demos algumas voltas a última das quais a Chaves que ela não
conhecia. Agora está programado um cruzeiro no Atlântico. Depois conto…
A esta hora, há quarenta e dois
anos, na Igreja Paroquial de Santa Clara, fizemos o nosso compromisso para toda
a vida que continuamos a respeitar com todo o amor e carinho de que somos
capazes. As adversidades ainda nos uniram mais.
Esta é a minha homenagem à minha
querida mulher: a “MÃE SÃO”.
Estas flores são para ti, minha
querida:
BEIJINHOS
3 comentários:
Parabéns Sr. Bártolo e D. São. Hoje não lhes chamo Pai Bártolo e mãe São porque o dia é só vosso e que grande dia, prolongado por uma infinidade de anos.
Peço desculpa por chegar mais tarde, não tenho tido computador por estes dias, mas fiquei muito feiz por saber destes vossos 42 anos e trago-vos o meu abraço de parabéns. Espero e desejo que continuem bem unidinhos, assim bem tratados um pelo outro.
Afinal e apesar de todos os dissabores a vida vai-vos compensando com esse amor que vos une e que é tanto. Isso é o principal, é o que dá sabor aos dias e é tão bom que assim seja. Fico feliz por vós e bom cruzeiro, :). Espero as imagens e as novidades.
Beijinhos.
Branca
Olá Tia
Muito obrigados e não se preocupe.
Também só agora estou a dizer algo, pois fomos alguns dias à outra morada e não levei a pen. Já tinha visto no telelé, mas quis escrever por aqui.
Já estão programadas outros "inventos"... Depois mando fotos.
Agora vai ser assim para aproveitar o tempo que ainda nos resta e enquanto ainda nos podemos mexer um pouco.
Oxalá tudo corra bem com a menina.
Beijinhos para ambas
Olá Sr. Bártolo
Os meus parabéns a si e á sua esposa.
Ainda existe casamentos assim:)))
Desejo-lhes tudo de bom e um bom cruzeiro:)
beijinhos
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