Deixem que vos conte uma pequena
história, verdadeira, que para mim tem um significado especial.
Depois dos acontecimentos que são do
conhecimento, pelo menos, de alguns visitantes deste espaço, por que não
conseguíamos voltar à casa que detínhamos, resolvemos vendê-la e deslocarmo-nos
para outra cidade.
Posta à venda numa imobiliária
resolvemos começar a fazer contactos e procurar um outro apartamento, na praia,
mais adequado ao meu estado.
Vimos vários e sentimo-nos um tanto
embeiçados por dois, ambos na zona antiga da cidade. Um tinha sido construído
por uma firma, ao que julgo saber, da câmara municipal, bastante bom. Era relativamente barato, mas já estava à venda há algum tempo,
sem que ninguém lhe pegasse… Talvez se corresse o risco de o prédio vir a ser
afectado à habitação social…
O outro era de uma firma, importante e, ao que pensava, sólida, da cidade. Tinha um tipo de construção muito diferente e
também muito bom. O preço era um pouco superior.
O nosso continuava à venda…
Entretanto é-nos solicitado que nos
dirigíssemos à sede desta firma, pois o senhor arquitecto-gerente, pessoa muito
lúcida, na casa dos noventa anos, queria fazer-nos uma proposta:
“Sei que gostaram do apartamento. Fazemos a
escritura, mudam-se para lá e quando venderem o vosso pagam este.”
Agradecemos a confiança, já que não nos
conhecia de lado algum, mas como é lógico, para nós, recusamos.
Acabamos por comprar, pouco tempo
depois, noutro sítio, numa zona nova e mais agradável.
Mas o que queria efectivamente dizer
era:
Soubemos a passada semana que o primeiro
continua desabitado, onde estaríamos apenas os dois, sozinhos e sem a eventual
ajuda dos vizinhos.
O segundo está a ser vendido em hasta
pública, ao que parece, por aquela firma ter ido à falência. E não era uma
firma qualquer.
Não sei se teríamos vendido o nosso a
tempo de realizar a escritura… mas mesmo assim quem vai ocupar os outros
apartamentos, vendidos desta forma?
Seriam só sarilhos, problemas e, sei lá
que mais, que iam ser muito difíceis de aguentar, pelo menos por nós…
Por isso, pergunto: terá sido sorte ou protecção?
Perdoem-me, mas acredito nesta.
Obrigado…filha.
3 comentários:
Fiquei comovida.
Embora eu seja uma pessoa muitas vezes tocada pela razão, sou-o também muito pelo coração e há tantos momentos na vida em que acredito em tanto de sobrenatural que não sei explicar, nem me preocupo em explicar, apenas sei que é assim, porque o amor que sinto me diz que há algo que me protege.
Há 15 anos tive um acidente de viação em férias, na zona de Sabugal, um camião em velocidade, vindo de uma curva num cruzamento, não conseguiu evitar o despiste em cima do nosso carro e de repente vi uma coisa enorme e amarela aproximar-se da janela do marido que conduzia e numa fracção de segundos, sem sentir que tinha saído do sítio eu estava com um fémur partido, o marido semi-inconsciente, a filha e o filho com ferimentos ligeiros, ela pior, depois de toda a trapalhada e muitas peripécias e transferências para o Porto e uma hospitalização de 15 dias cheguei a casa e quando vi o carro pensei o mesmo que o pai Bártolo, pensei na minha avó e toda a família mo dizia, só um milagre nos poderia ter feito sair vivos daquele carro e apenas porque o camião apanhou a parte mais dura e já a desviar e de raspão, todo o eixo do carro estava torcido de tal maneira a frente do carro era irreconhecível, mesmo por dentro. Para além do milagre de o embate ter sido no eixo e todos estarmos vivos, houve outro milagre, o de apesar de o marido ter feito um pequeno coágulo no cérebro e ter tido uma estnose de uma carótida, com um ligeiro AVC, a recuperação foi total, porque disse o neurologista a sorte foi brutal por ser no sítio que foi, bastava o coágulo ser uns milimetros para a direita ou para a esquerda, para poder deixar sequelas muito complicadas de vária ordem.
Tenho muito que agradecer a Deus, mas acredito que mais alguém estava lá.
Beijos e dias felizes.
Branca
Olá Sr. Bártolo
As vezes as coisas nâo acontecem por acaso.
Acho que alguém estava lá a ajuda-lo, e ainda bem .
beijinhos e tudo de bom
Olá:
O que dizer mais... Creio que me compreendem bem.
Obrigado a ambas.
Beijinhos
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